Mabon

21 de março (H.Sul) - 21 de setembro (H. Norte)

Chegamos ao ponto de equilíbrio perfeito na jornada da Roda do Ano - noite e dia novamente são iguais em seu tempo de duração em perfeita estabilidade (escuro e claro, masculino e feminino, interno e externo). Eis o momento de celebrar nossa Segunda Colheita da Roda Anual.

Nossos ancestrais neste período saudavam em gratidão a "Mãe Terra" e ao Sol poente pela riqueza concebida. Cientes eram de que a partir de Mabon tudo começaria a minguar, as noites ficariam mais longas e os dias mais curtos e frios - o poder do Sol iria diminuir. As seivas das árvores retornarias às raízes profundas da terra alterando as tonalidades das matas... o verde do verão para o vermelho, o laranja para o dourado flamejante do outono - nada mais que o ciclo natural da Terra puxando para seu interior de onde todos vieram.

MORTE E RENOVAÇÃO
O MOMENTO DA GESTAÇÃO!

Em Mabon a espiral dupla se faz perfeita... uma vai e outra retorna.
A ação rítmica de todo ciclo.

O começo da jornada sempre é seguida pelo renascimento, tão quanto o verão é seguido do outono e o inverno é pela primavera. Em todos os ciclos da natureza e em todos os ciclos de "nossa natureza", devemos celebrar a gratidão. Cada giro da Roda traz dons internos, externos e muitas percepções.

Mabon é o período de colher o que plantamos e também da análise de nossas esperanças, dos projetos que fizemos e como se manifestaram. O momento é de conscientizarmos quê:

• Jamais o que adentra em nossa vida é ao acaso;
• Nada fora de nós tem qualquer responsabilidade pelo que sujeitamos conceber;
• Reconhecer os caminhos é dar posse a própria essência e oportunizar o melhor para o bom viver.

A Rainha da Colheita diz aos filhos da Terra que este é o momento para limpar nossas moradas internas (mente, corpo e espírito). É chegada a hora do desapego ao que não é mais desejado ou necessário. Embora o Sol comece a esfriar, ainda é tempo de plantar as sementes de novas ideias e perpetuar a esperança nutrida pela seiva divina, no aguardar da exatidão para ser conquistada.

SEDE GRATO PELO QUE COLHEU
E FAÇA POR MERECER MAIS!

Agarre o que lhe pertence e agradeça pela oportunidade!

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Mabon trás a seiva sagrada do útero, o nutrir de toda semente, o poder do renascimento, a magia da transformação. Neste ciclo temos oportunidade de preparar nossas dispensas para que não provemos o estado de sacrifício e desespero ao próximo ciclo. A Mãe estende a mão e diz...

"É possível ser tocado pelos dias gélidos sem ser congelado, basta querer semear e colher em Mabon."

RESPEITAR OS CICLOS É TRANSCENDER E ESTABELECER!

UM VENTRE FRACO ABORTA.
UM VENTRE FORTE GERA, FORMA E LIBERTA!

A Força da semente EU QUERO aliada ao poder criativo do EU POSSO, fideliza o equilíbrio e gera infinitas possibilidades do EU TENHO.

SÍMBOLOS DE MABON

CORNUCÓPIA
A Cornucópia ou Chifre da Abundância é um dos símbolos tradicionais de Mabon - representa a fartura da colheita, o equilíbrio magnético das polaridades sagradas.

• Chifre: Força do Deus, a inseminação da ideia, do querer renascer e multiplicar;
• Interior do Chifre: Útero da Deusa, o poder de transformar e libertar tudo aquilo que recebe;
• Alimento: a abundância da colheita.

MAÇÃ
símbolo da vida e imortalidade, da cura, renovação, regeneração e integridade. Está associada à beleza, longevidade, saúde e vitalidade. Representa os Cinco Elementos: Terra, Ar, Fogo, Água e o Éter.

ASPECTOS DA DEUSA E DO DEUS

A MÃE DOS GRÃOS
A seiva que irá nutrir, amparar, formar e dar vida abundante a semente que em renascimento, será plantada no próximo ciclo após o rigoroso período de inverno.

• A energia que habita o Grão Maduro;
• Aquela que dá Vida as colheitas;
• Mãe Terra Provedora.

Outros nomes: Espírito dos Grãos e Mãe do Milho.
Deusas correspondentes: Gaia, Epona, Arianrhod, Blodeuedd, Cerridwen, Danu, Rhiannon...

FILHO DO GRÃO
A esperança da reconstrução, a força da competência e da ordem, a busca do poder da fertilização e o direito a liberdade da formação.

• Espírito dos Grãos;
• A destruição do velho;
• A Nova VIDA surgindo da velha.

Deuses correspondentes: Mabon, Cernunnos, Maponos e Tammuz.

CORRESPONDÊNCIAS/CÍCLICA

• Incensos: cravo, patchouli, mirra, maçã, benjoim e sálvia;
• Cores: marrom, verde, amarelo, vermelho e dourado;
• Ervas: alecrim, calêndula, sálvia, folhas e cascas, camomila, girassol, trigo, folhas de carvalho, maça ou semente de maçã;
• Pedras: citrino, topázio amarelo, olho de gato, aventurina;
• Alimentos: maçãs, nozes, castanhas, amêndoas, milho, amoras pretas, jabuticabas, cravos, pães, tortas e outros a partir da estação;
• Bebidas: vinhos, cervejas, sidras, além de sucos e outras bebidas preparadas a partir dos frutos da estação (em especial a maçã).

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