Elmo do Terror
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O Ægishjálmr, ou Helm of Awe (Elmo do Terror) é um dos símbolos mais misteriosos da mitologia nórdica. Nele observamos: oito "traços" que parecem tridentes irradiados de um ponto central. Por ele segundo a mitologia, eram as lanças indo à ofensiva contra toda e qualquer força hostil em posição de ataque.
No Fáfnismál em um dos poemas da Edda ... o Dragão devastador Fáfnir atribui grande parte de sua aparente invencibilidade ao uso do Ægishjálmr.
"Ægishjalm
bar ek of alda sonum,
meðan ek of menjum lák;
einn rammari
hugðumk öllum vera,
fannk-a ek svá marga mögu."
Elmo do Terror
que usei diante dos homens,
em defesa do meu tesouro;
Entre todos, só eu era forte,
pois não encontrei nenhum poder igual ao meu.
Esta interpretação é confirmada por uma magia chamada “There is a Simple Helm of Awe Working”, na coleção de contos folclóricos islandeses compilado por Jón Árnason, no século XIX.
O SIGILO COPILADO
Faça um Elmo do Terror em chumbo, pressione a simbolologia entre as sobrancelhas e evoque:
"Ægishjálm er ég ber milli brúna mér!"
Eu sustento o Elmo do Terror entre minhas sobrancelhas!
Nesta evocação, ficaria assegurada a proteção mágica e invencibilidade do seu zelador
Como a maioria dos antigos símbolos germânicos, sua forma de representação visual está longe de ser estritamente fixa. Na 41ª magia do Grimório islandês Galdrabók (XVII), encontramos um sigilo do Ægishjálmr, com apenas quatro braços e sem os conjuntos de linhas perpendiculares aos braços. É simbolizado por uma configuração semelhante a uma cruz, que em sua forma mais simples é composta do que parece ser quatro runas M mais jovens ou runas Z mais antigas.
Outros especialistas traduzem Ægishjálmur como leme do pavor ou de Æegir, devido ao seu formato nos grimórios: um círculo formado de oito braços em forma de tridentes, assemelhando-se ao leme de roda das embarcações. Toda via, esse tipo de instrumento náutico só foi conhecido na Escandinávia a partir do século XIII - os vikings utilizavam um remo transversal como leme.
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O linguista e runologista Stephen Flowers (EUA), observa que o significado original de hjálmr vai muito além da descrição Edda Poética. Seguindo sua teoria, a simbologia era originalmente uma espécie de poder mágico para causar medo no inimigo. Foi associado com o poder das serpentes para paralisar suas presas antes de atacar - daí a conexão com Fáfnir. Para Stephen, a invocação conforme descrito no Grimório Galdrabók, é o poder central da glândula pineal - fonte direta de conexão com o mundo indizível que através dos olhos da matéria emitem as vibrações invocadas no momento.
A conexão com as runas é particularmente apropriada, porque várias formas que compõem o Ægishjálmr têm os mesmos delineamento que certas runas. Devido a centralidade das runas na magia germânica como um todo, é altamente improvável que essa correspondência tenha sido um acaso.
Os “braços” do Elmo parecem ser runas Z. O nome original desta runa é desconhecido na Era Viking, porém o homem moderno a nomeou de “Algiz”. O significado desta runa está vinculado a proteção divina prevalecendo sobre os inimigos - suposição apropriada para inclusão em um símbolo como Ægishjálmr.
Os "traços" que correm perpendicularmente aos "braços" podem sim, ser a runa Isa. Embora o significado desta runa seja confusa e contraditória em função das fontes primárias. Uma vez que “Isa” significa “gelo” (obstáculo, bloqueio), sua inclusão na simbologia denota a capacidade de superação.
Entre suposições da mitologia, a verdade é que Ægishjálmur fez parte da Era Viking. A afirmação é do coordenador do Núcleo de Estudos Vikings e Escandinavos Johnni Langer (Pós-Doutoramento em História Medieval/USP), onde menciona um vaso cerâmico portando "suásticas" e uma figura muito semelhante ao Ægishjálmur encontrado na década de 1970 no sítio arqueológico da segunda maior cidade nórdica durante a Era Viking (século VIII à XI), hoje pertencente a Alemanha.
"Graficamente este símbolo já era conhecido durante a Era Viking, mas talvez com significados diferentes do registrado pela literatura medieval e depois pelos grimórios islandeses...", afirma Johnni Langer.
Ref/imagem: Hahn, K-D. 1973 - Relatórios das escavações em Haithabu.
Referência de Texto
A Edda Poética. Fáfnismál, estrofe 16 - Grimório islandês Galdrabók - 1989: pag. 100;
NEVE - Nucleo de Estudos Vikings e Escandinavos
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Simone G. Pedrolli
Guia da ascensão em missão da Luz e dos caminhos a transformação da consciência imantada pelos "Decretos Divinos".